“Não explique o erro, fale qual é a solução”
04/04/2007
José Carlos Aguilera,sócio da Galeazzi & Associados
O mundo corporativo exige mudanças rápidas e precisas para quem quiser um lugar ao sol. O maior equívoco dos empresários é perder tempo explicando erros passados, comentou José Carlos Aguilera, sócio da Galeazzi & Associados, empresa especializada em gestão empresarial. "Não explique o erro, fale qual é a solução. É importante agir rapidamente. Quanto mais tempo for gasto nas justificativas do erro, mais os resultados vão se pauperizando, se deteriorando”, ressaltou Aguilera, que participou nesta quarta-feira (4/03) do comitê estratégico de Governança Corporativa. De acordo com Aguilera, a competitividade internacional está cada vez mais acirrada, o que tem levado as companhias a mudarem seus posicionamentos estratégicos e processos internos. As empresas devem dar respostas cada vez mais rápidas aos avanços da globalização e da Tecnologia da Informação(TI), acrescenta o consultor.“O que está por trás da necessidade de mudança é a alteração de cenário, impulsionada pela globalização e a tecnologia da informação. Quando as empresas aprendem as respostas, mudam as perguntas, ou seja, ocorrem transformações no mercado, no consumidor, nas relações com os empregados e no cenário político, que provocam o Turnaround, a mudança de rumo”, comentou Mudança de rotaDe acordo com o especialista em Planejamento Estratégico, o Turnaround, a virada de mesa no jargão corporativo, objetiva dar condições para que as companhias aumentem a rentabilidade e assim continuem competindo e crescendo. Aguilera cita como exemplo o caso da General Motors (GM) nos Estados Unidos, que passa por este processo.Segundo ele, a GM vive a experiência de uma reestruturação na produção, dos custos de fornecimento, além de reavaliar os custos trabalhistas. “A empresa tem acordos trabalhistas feitos há mais de dez anos que hoje penalizam a organização na concorrência com os asiáticos. Cada carro americano tem mil dólares a mais de custos trabalhistas”, ressaltou. Aguilera afirma que GM não pode mais oferecer os mesmos benefícios porque as condições de concorrência são diferenciadas com a entrada de outras companhias no mercado americano. “Na parte trabalhista, a companhia tem que dialogar com os sindicatos e mostrar que talvez tenham que ceder no curto prazo para que a empresa volte a ter rentabilidade e ser robusta”, acrescentou. Passo a passoPerguntado sobre um suposto receituário para a "virada de mesa" nas empresas, José Carlos Aguilera destacou os seguintes pontos:
· A primeira fase é de diagnóstico, o momento da verdade. Deve-se entender a organização 360 graus, sob a ótica dos acionistas, empregados, concorrentes e clientes.
· Elaborar uma nova arquitetura estratégica para empresa, com diretrizes para cada uma das perspectivas do negócio: finanças, mercado, processos e pessoas. Buscar de oportunidades para a melhoria dos resultados.
· Valorização dos pontos fortes e eliminação das ineficiências gerais para atingir os objetivos.
· Em determinados casos é necessário atentar ao posicionamento da marca, trabalhar para valorizá-la. A percepção dos valores da empresa pela marca, ou seja, o link psicológico com o consumidor pode ser importante diferencial competitivo. De acordo com o executivo, o ideal é que as empresas se antecipem aos movimentos de mercado com planejamento e critério. “Chamamos esta situação de Edge of Chaos, à beira do caos. Não se deve andar para trás, evitando ser ‘jurássico’ e também não ser muito agressivo, arriscando antecipar um movimento desnecessário”, concluiu.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
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